segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Aposentados reivindicam política permanente de ganho real

Os Sindicatos de Aposentados das centrais sindicais UGT, CUT e Força Sindical estiveram em Brasília recentemente para conversar com o ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, sobre as perspectivas dos aposentados no futuro governo. Nosso argumento não poderia ser mais óbvio: se todos os brasileiros estão melhorando de vida, nós também merecemos! Nós também queremos uma fatia desse bolo para recuperar o poder aquisitivo de nossas aposentadorias e pensões.

A proposta das três entidades é de que seja criado um mecanismo que garanta esse ganho real nos próximos anos, independente de quem for eleito(a) para a Presidência da República.

Tivemos oportunidade de dizer ao ministro que no ano passado demos um passo enorme, com o reajuste de 7,72%, mas que esse avanço precisa continuar. Os aposentados merecem participar do crescimento do nosso País, com um ganho real na correção dos benefícios. Afinal nós tivemos uma contribuição importante, no passado, para que a Nação chegasse ao ponto em que está hoje.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

1º de outubro é Dia do Idoso

Comemora-se nesta sexta-feira (1º) o Dia Internacional da pessoa idosa. No mundo, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), a população idosa (acima de 60 anos de idade) em 1950 era de 204 milhões. Em 1998 saltou para 579 milhões e a projeção para 2050 é de 1,900 milhões de pessoas idosas. No Brasil, até 200 haviam 14.536.029 idosos, ou seja, 8,6% de sua população.

Esse número deve aumentar com o resultado do Censo Demográfico deste ano. Do total levantado há dez anos, a maioria 8,9 milhões é de mulheres. As regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e Porto Alegre concentram as maiores populações de pessoas idosas: 12,8% e 11,8% respectivamente do total do número de habitantes.

A população no mundo está ficando mais velha e, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) até 2025, pela primeira vez na história, haverá mais idosos do que crianças no planeta. Em 20 anos, o Brasil será o sexto no mundo com o maior número de pessoas idosas. Os dados servem de alerta para que o governo e a sociedade se preparem para essa nova realidade não tão distante, informa o presidente Edmundo Benedetti Filho, do Sindiapi-UGT (Sindicato dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da União Geral dos Trabalhadores).

O Sindiapi-UGT, conforme Benedetti, diante de tais números, vem desenvolvendo projetos e ações visando a valorização das pessoas idosas, de tal forma que as mesmas não venham a ser excluídas da sociedade e que tenham os seus legítimos direitos ampliados e respeitados. A população idosa vem aumentando de forma significante e o governo, mesmo sabedor da situação, nada ou pouco vem fazendo no sentido de criar políticas para essa respeitável parcela da população brasileira.

“Idosos e idosas, em sua maioria, são trabalhadores e trabalhadoras que contribuíram, para o progresso e desenvolvimento desta Nação. E hoje são vítimas de preconceito, muitos deles sobrevivendo à custa de uma aposentadoria que sequer lhes proporciona uma vida digna, alguns deles até vivendo em asilos em péssimas condições ou jogados pelas sarjetas.

É contra esta lamentável situação que o Sindapi-UGT se revolta e busca soluções dignas de um ser humano”, acentua Benedetti. O Estatuto do Idoso, criado pela lei 11.433, de outubro de 2006, consiste num documento importante para os idosos brasileiros, porque estabelece uma série de direitos objetivando proporcionar-lhes melhores condições de vida.

“Defendemos uma sociedade em que os idosos tenham garantidos todos os direitos da cidadania inerentes à sua idade, sem discriminação de qualquer natureza, garantida sua participação na comunidade, preservadas sua dignidade, bem-estar e o direito a uma Previdência e Seguridade Sociais dignas”, cita o presidente do Sindiapi-UGT, lembrando, inclusive a necessidade de ampliar e desburocratizar o acesso a medicamentos com subsídios às farmácias populares.

O Sindiapi-UGT espera que a sociedade brasileira reflita melhor sobre esse tema e que se crie mecanismos no sentido de preparar o país para o presente e seu futuro quando, dentro de 15 anos passará por essa transformação , passando a ser o Brasil das pessoas idosas em 2025. Benedetti salienta que todas as lideranças sindicais têm um papel muito grande nesse contexto, saindo à frente em defesa dos idosos e idosas de suas respectivas bases, apresentando propostas para os governos e cobrando deles iniciativas para que a população idosa brasileira possa viver com dignidade.

Arlindo Ribeiro/ Imprensa UGT