segunda-feira, 21 de junho de 2010

Uma vitória histórica!

Benefícios acima do mínimo têm aumento real depois de anos de achatamento. A nossa luta continua por uma política de valorização da aposentadoria.

O reajuste de 7,72% para aposentados e pensionistas que ganham acima de um salário mínimo, foi sancionado pelo presidente Lula no dia 15 de junho. Essa foi mais uma vitória política conquista por nós, que beneficiará mais de 8 milhões de pessoas.

O índice é retroativo a 1º de janeiro, e será pago já a partir de agosto, inclusive os atrasados. Acompanhamos de perto, em Brasília, a elevação do reajuste de 6,14%, conforme proposto pelo governo, para 7,72%, e acabou sendo aprovada mesmo contrariando as recomendações da equipe econômica do governo Lula.

Destacamos que a valorização da aposentadoria tem impacto imediato na economia brasileira, pois os aposentados e pensionistas formam uma categoria de mais de 25 milhões de brasileiros e brasileiras, que em 2009 movimentaram aproximadamente R$ 200 bilhões. Essa é uma prova de que merecem mais atenção e mais conquistas.

A recuperação do valor de compra das aposentadorias é uma das principais bandeiras da UGT (União Geral dos Trabalhadores), e a AEASP e o Sindiapi-UGT reforçam essa luta.

Veto ao fim do Fator Previdenciário só reforça a nossa luta
O veto reforça mais ainda a nossa luta pela extinção do Fator Previdenciário, pois os trabalhadores não podem ser prejudicados na hora de sua aposentadoria.

Em uma decisão contraditória, ao mesmo tempo que sancionou o reajuste de 7,72% aos aposentados com benefício acima do mínimo, o presidente Lula vetou o fim do Fator Previdenciário. Uma bandeira de luta que a categoria carrega há mais de 12 anos e que estava prestes a ser conquistada.

Repudiamos essa decisão do governo porque prejudica os trabalhadores na hora da aposentadoria por tempo de contribuição, configurando uma verdadeira quebra de contrato. Com a manutenção do fator, o valor inicial da aposentadoria continuará tendo redução de até 40%.

A desculpa de que o Fator Previdenciário tem de ser mantido para não elevar os gastos públicos não se sustenta, pois atinge os trabalhadores que contribuíram para a Previdência Social por décadas para ter direito a uma aposentadoria digna.

Não concordamos com a manutenção do Fator Previdenciário e já está se mexendo para que o veto presidencial seja derrubado no Congresso Nacional. Existe ainda uma outra alternativa. O projeto de lei do senador Paulo Paim (PT-RS), que prevê o fim do Fator Previdenciário, já foi aprovado no Senado e agora está tramitando na Câmara dos Deputados, onde passou pela Comissão de Constituição e Justiça e agora precisa ser votado no plenário da Casa.
Edmundo Benedetti Filho